Tudo sobre o curso de Segurança da Informação

mãos protegendo símbolos de dados e símbolo de cadeado maior

A Segurança da Informação é uma área em crescimento, que visa adequar as organizações para cumprir as exigências legais e práticas ao lidar com dados relevantes para suas operações.

Ou seja, é um setor que impacta diretamente uma variedade de pontos da sociedade e do crescimento econômico. Por exemplo, o setor bancário lida diretamente com informações sensíveis de seus clientes e recursos. Hospitais, clínicas e outros agentes de saúde trabalham com registros para prevenção e tratamento de questões de saúde pessoal e pública. Empresas de múltiplos setores precisam de sistemas seguros para que seus colaboradores possam compartilhar documentos e dados vinculados à produção minimizando o risco de hackers e vazamento de dados confidenciais. Instituições públicas exigem portais com todos os protocolos de segurança para promover transparência e acesso à informação para a sociedade de forma prática.

Os profissionais de Segurança da Informação são essenciais para proteger os dados e a infraestrutura das organizações em um cenário de implantação de novas tecnologias e processos. Assim, o curso superior em Segurança da Informação também ganha espaço. Durante essa graduação, os alunos adquirem competências técnicas para identificar e avaliar riscos e implementar medidas de segurança eficazes e escaláveis. 

Aprendem também a identificar as vulnerabilidades e mitigar potenciais ameaças, mesmo com sua mudança constante. Além disso, a segurança de dados e redes é um aspecto essencial do trabalho, exigindo conhecimento sobre diferentes técnicas de proteção e aplicabilidade das soluções em cada contexto de trabalho, avaliando recursos e benefícios de cada uma delas. 

A visão estratégica e 360º também faz parte da proposta pedagógica do curso de Segurança da Informação: o aluno deve ser capaz de utilizar a computação forense para monitorar as causas e efeitos de incidentes de segurança e obter evidências de crimes digitais. Com essa base, os especialistas podem planejar e implementar auditorias de segurança preventivas.

É uma área diretamente ligada à Gestão da Tecnologia da Informação, responsável pela criação de sistemas e manutenção de protocolos de organização de dados em organizações. Também está vinculada ao trabalho de desenvolvedores de software, já que os analistas de segurança podem fornecer os protocolos necessários para criação de interfaces mais seguras para os usuários e empresas.

Como é cursar Segurança da Informação?

Durante o curso de Segurança da Informação, o aluno é capacitado para atuar em diferentes etapas do setor. Ele aprende temas ligados a planejamento, implantação, monitoramento, testagem e alteração de sistemas e interfaces para atender às demandas mercadológicas. Para isso, então, o egresso deve dominar conceitos teóricos e práticos que dizem respeito à infraestrutura de sistemas, os equipamentos e suas potenciais brechas de segurança, o gerenciamento de redes, a prevenção de riscos em software e as ferramentas utilizadas no dia-a-dia. 

mulher checando servidores com computador
O estudante deve entender como funciona a infraestrutura de sistemas

Mas as competências não são apenas técnicas. É importante também ter flexibilidade e adaptabilidade. Isso porque, assim como as tecnologias, as ameaças estão em constante inovação e o profissional deve saber adequar as ferramentas a cada demanda. Durante o curso, as atividades práticas e multidisciplinares têm como objetivo desenvolver a capacidade de pensamento lógico e resolução de problemas. Além disso, um analista de Segurança da Informação atua em contato com profissionais de diferentes áreas, desde programadores de software até colaboradores de indústrias de base. Sendo assim, os alunos devem exercitar, durante o curso, a capacidade de diálogo e clareza.

Outro aspecto fundamental da trajetória profissional é o olhar atento e crítico ao próprio trabalho. No dia-a-dia, o analista deve realizar testes e planos de contingência para mitigar riscos, o que exige, além de técnicas adequadas, a proatividade e a responsabilidade como competências profissionais obrigatórias.

Ao concluir o curso, o aluno estará apto para: 

  • Gerenciar ecossistemas digitais de trabalho para empresas que atendam aos protocolos de segurança atuais;
  • Realizar análise de risco por meio de monitoramento contra invasões e fraudes;
  • Projetar redes de computadores, servidores e outros dispositivos com segurança e prevenção necessárias;
  • Auditar redes internas e externas de forma proativa e na identificação de ameaças.
  • Planejar sistemas de contingência e recuperação de dados após invasões ou fraudes;
  • Realizar perícias e avaliações de cumprimento de legislação e boas práticas do setor, na forma de consultorias especializadas;
  • Gerenciar recursos de hardware e software para garantir o preparo para segurança exigido;
  • Aplicar políticas de segurança a nível organizacional para gestores e colaboradores;
  • Analisar e implementar ferramentas inovadoras conforme as necessidades de cada organização;
  • Emitir laudos e relatórios de vazamentos de dados, brechas e incidentes utilizando a computação forense.

O que o aluno aprende no tecnólogo de Segurança da Informação?

As disciplinas do curso superior tecnólogo em Segurança da Informação apresentam ao aluno diferentes pontos da segurança digital e estrutura necessária para otimização dos sistemas. Ao longo dos semestres, eles aprendem sobre dispositivos, software, políticas de acesso, identificação de ameaças e outros pontos de atenção para a prática profissional. 

As competências essenciais da matriz curricular são:

Cibersegurança

A base do curso de Segurança da Informação é a segurança digital que envolve a proteção de redes, sistemas, programas e dados contra ataques em constante evolução. 

Os alunos aprendem sobre as diferentes formas de invasão e coleta de dados, como phishing, ransomware e malware, analisando a diferença entre cada um, em que cenários ocorrem com maior frequência e como se defender deles. 

Para isso, devem dominar ferramentas de análise de ameaças e testagem de vulnerabilidades, além de métodos de proteção e como aplicá-los em diferentes contextos.

Pentest 

Um dos componentes mais críticos de um sistema seguro é o pentest (teste de penetração). O analista simula ataques cibernéticos em sistemas e redes com o objetivo de identificar vulnerabilidades que poderiam apresentar risco para a organização caso invasores os encontrem. 

Os alunos aprendem a usar ferramentas de pentest durante o tecnólogo em Segurança da Informação e a executar testes éticos em diferentes tipos de sistemas.

moça mexendo em programação em computador
No curso, os alunos aprendem a realizar testes éticos

Gerenciamento de Riscos

O gerenciamento de riscos é outra área central na atuação de um profissional de Segurança da Informação. Mesmo com as práticas estabelecidas e os sistemas monitoras, é preciso se atentar à mitigação de riscos em caso de incidentes. Além da prevenção, é preciso ter sistemas de contingência em dia nas empresas.

Por isso, os alunos são capacitados a identificar, avaliar e mitigar riscos associados à segurança da informação em cenários variados. Assim, também treinam a elaboração de planos de ação para minimizar o impacto de incidentes de segurança.

Compliance em TI 

Além das habilidades técnicas, o curso de Segurança da Informação também foca em compliance em TI. Apesar de ser um setor em constante atualização, as boas práticas e cumprimento das leis são fundamentais e exigem profissionais atentos, responsáveis e  cuidadosos.

Alguns exemplos vistos nas disciplinas são o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na Europa e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. 

Os alunos aprendem a garantir que suas organizações estejam em conformidade com essas regulamentações, evitando penalidades legais e multas. 

Além disso, estudam o impacto social de brechas de segurança, reforçando o compromisso dos profissionais com suas comunidades em questões como privacidade de informações e ética na tecnologia.

Auditoria de Segurança

A auditoria de segurança é um setor que impacta as operações empresariais de todos os setores. As organizações precisam de profissionais qualificados para garantir que seus sistemas estejam alinhados às necessidades de segurança de colaboradores, gestores e clientes.

Durante a graduação em Segurança da Informação, os alunos aprendem a metodologia para realizar auditorias efetivas e produtivas. Além de conhecer as diretrizes do setor de segurança, devem saber criar relatórios claros, que funcionem como guia de otimização para as mudanças necessárias nas empresas.

Proteção da Informação e Criptografia

A proteção da informação envolve uma série de técnicas e processos para garantir que os dados de uma organização e pessoas vinculadas estejam seguros contra acessos não autorizados. 

Isso impacta diferentes aspectos do dia-a-dia, desde acesso a email profissional e servidores internos até conversas protegidas em aplicativos de mensagens.

Um dos métodos vistos no curso é o uso de criptografia. Ela garante que os dados permaneçam seguros mesmo que outras etapas de segurança sejam comprometidas. Os alunos aprendem a aplicar diferentes tipos de criptografia, como simétrica e assimétrica, para proteger informações confidenciais nas plataformas em que trabalham. 

Segurança em Nuvem e Gestão de Identidades

Com o crescimento de softwares e bancos de arquivos em nuvem, a segurança nesses sistemas se tornou um tema central no curso de Segurança da Informação. Os alunos aprendem como proteger dados e aplicativos em ambientes de nuvem, além de entender as responsabilidades de provedores de serviços e de usuários. Para isso, é importante dominar ferramentas específicas e medidas de segurança, como firewalls e criptografia de dados na nuvem.

rapaz analisando dados em computador
Para proteger dados na nuvem é importante conhecer sobre criptografia

A gestão de identidades (IAM, ou Identity and Access Management) é outra área relevante para os estudos em Segurança da Informação. Os alunos aprendem a implementar soluções de IAM, como autenticação multifatorial (MFA) e gerenciamento de senhas, garantindo que apenas usuários autorizados possam acessar informações sensíveis. Essa habilidade é muito buscada por empresas que contam com acesso hierárquico e/ou regional a informações operacionais.

Monitoramento de Segurança e Prevenção de Incidentes

O monitoramento de segurança é uma prática profissional para detectar e responder rapidamente a possíveis ameaças. Durante o curso, os alunos aprendem a configurar e usar sistemas de IDS/IPS (Intrusion Detection Systems/Intrusion Prevention Systems), ferramentas para identificar atividades perigosas dentro de uma rede. O IDS detecta atividades suspeitas e notifica os administradores, enquanto o IPS bloqueia automaticamente as ameaças em tempo real.

Antivírus e Proteção de Endpoints

A proteção de dispositivos individuais, ou endpoints, é um componente essencial da segurança digital para empresas. Na ampliação do trabalho remoto e colaboração internacional, cada vez mais as organizações são acessadas por uma variedade de dispositivos, que podem estar comprometidos.

O uso de antivírus e outras ferramentas de proteção de endpoints garante que esses dispositivos estejam protegidos contra malwares e outros ataques. Os alunos aprendem a configurar e monitorar essas ferramentas em grande escala, garantindo que as ameaças sejam detectadas e antes que causem riscos às organizações.

Computação Forense

Outro aspecto da atuação de um analista de Segurança da Informação é a computação forense. Aqui, os alunos aprendem a investigar incidentes de segurança cibernética como invasões de hackers e fraudes. Além de dominar a análise de dispositivos e interfaces, é preciso ter conhecimento de registro de evidências digitais, como logs de sistemas e comunicações de rede. Assim, têm as informações necessárias para investigar violações de segurança e crimes cibernéticos. 

Essas habilidades são essenciais em investigações criminais e podem ajudar a identificar os responsáveis por ataques, além de fornecer provas para processos judiciais. Também podem ser utilizadas para a definição de estratégias futuras por parte da organização afetada.

Treinamento em Segurança da Informação

Uma área cada vez mais valorizada é a educação em temas de segurança digital e de dados. Hoje, existem programas e organizações dedicados a prevenir ataques e estabelecer boas práticas de segurança nas organizações. 

Por isso, os alunos são preparados para não apenas implementar as soluções técnicas de segurança, mas também para educar colaboradores de diferentes setores da organização sobre a importância delas. Isso envolve programas de conscientização, treinamentos regulares e guias efetivos.

Também existem órgãos regulatórios e do terceiro setor que fazem treinamentos e monitoramento de segurança de sistemas da informação para o público. Um aluno que se aprofunda nessa área pode, futuramente, atuar na conscientização da população em grande escala.

Quais são as referências do setor da Segurança da Informação?

Por ser uma área ligada ao desenvolvimento tecnológico, a Segurança da Informação também está em constante mudança. Afinal, as ameaças também surgem e crescem, trazendo riscos aos dados importantes de pessoas e organizações. 

hacker em sala com computadores
Com tantos ataques digitais, a Segurança da Informação é essencial

Sendo assim, uma parte essencial dos estudos em Segurança da Informação é ir além das disciplinas vistas em sala de aula e conhecer as diretrizes e normas aplicadas ao setor. Os alunos devem dominar conceitos legais, operacionais e gerenciais de sua futura carreira

Em relação às leis, é fundamental conhecer a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Essa lei, definida em 2018, determina as proteções necessárias a dados pessoais e/ou sensíveis no Brasil. Ela afeta todos os setores econômicos e deve ser praticada para garantir tanto a ética quanto a minimização de riscos como vazamento de informações de usuários, que geram sanções legais às empresas.

Segundo o artigo 6º, as atividades de tratamento de dados devem levar em consideração princípios de segurança, com:

utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão”.

A lei também estabelece que as organizações que coletam e utilizam dados pessoais e sensíveis, além de cumprir as exigências básicas de privacidade, anonimização e segurança, devem realizar relatórios dessa prática, a fim de garantir compliance perante as autoridades em caso de investigações. O artigo 38º determina que:

“O relatório deverá conter, no mínimo, a descrição dos tipos de dados coletados, a metodologia utilizada para a coleta e para a garantia da segurança das informações e a análise do controlador com relação a medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco adotados.”

Além da legislação vigente, é essencial que os profissionais de Segurança da Informação estejam em dia com as normas do setor. Essas normas, definidas por órgãos regulatórios nacionais e internacionais, são princípios e boas práticas para garantir o cumprimento das exigências básicas do setor.

Um exemplo é a ISO 27001. Essa diretriz tem valor internacional e seu objetivo é garantir que as organizações ajam de forma honesta e segura em relação às informações e dados em seu domínio. Para garantir o cumprimento, é preciso que os gestores das empresas façam análises frequentes de brechas e ameaças para seus sistemas, implementem guias e protocolos de segurança e criem planos de contingência em caso de falhas. Quando a empresa tem essas práticas em dia, pode realizar uma auditoria para garantir a certificação internacional.

Também existem guias de boas práticas de informação desenvolvidos por especialistas na área, que os alunos devem dominar em sua formação. Por exemplo, Site Security Handbook (Guia de Segurança para Sites), também conhecido por RFC 2196. Esse guia foi criado pela Força Tarefa de Engenharia da Internet e publicado em 1997. Esse grupo é internacional e aberto, contando com especialistas técnicos, representantes de empresas, pesquisadores e analistas que buscam padronizar os aspectos de segurança da informação.

No guia, os profissionais determinam conceitos-chave para a criação de sistemas digitais seguros, incluindo pontos de atenção e responsabilidade de cada área.

pessoas trabalhando com computador em empresa
A Força Tarefa de Engenharia da Internet é um grupo aberto e internacional, com diversos profissionais

Em relação às políticas de segurança da informação, por exemplo, o RFC 2199 diz:

“Uma política de segurança é uma constatação formal das regras aplicáveis aos usuários com acesso à tecnologia e aos bens de uma organização. O principal objetivo dessa política é informar os usuários, equipes e gestores dos requisitos necessários para proteger as tecnologias e dados. Essa política deve especificar como atender aos requisitos estabelecidos. 

Também tem como objetivo fornecer uma base para adquirir, configurar e analisar sistemas computacionais e redes para que atendam às métricas de compliance da política.” 

O documento também se aprofunda em temáticas como arquitetura de sistemas, firewalls, medidas de recuperação de informação e gerenciamento de usuários, além do papel dos profissionais de Segurança da Informação na implementação dessas medidas e recursos.

Assim, é uma referência obrigatória para os estudos e a prática de alunos do curso de Segurança da Informação, trazendo os princípios-chave que podem ser adaptados para diferentes contextos atuais.

Quais os tipos de graduação em Segurança da Informação?

Cada área tem uma oferta específica de cursos superiores de acordo com a demanda pedagógica. Para saber qual se adequa ao setor de Segurança da Informação, é preciso entender a diferença entre eles:

Bacharelado

No bacharelado, os alunos recebem uma educação superior em dois ciclos. O primeiro, majoritariamente teórico, oferece conceitos-base para que possam aprofundar seus estudos. Um bacharelado tem duração de oito a dez semestres e pode ser meio-período ou integral, conforme a carga horária exigida pelo MEC.

Por serem mais longos, os bacharelados não são compatíveis com carreiras que exigem uma rápida inserção no mercado e mudanças a curto prazo. Assim, hoje, não existem bacharelados em Segurança da Informação.

Licenciatura

A licenciatura é a modalidade de ensino superior voltada para futuros educadores da rede básica de ensino. Ou seja, são formações em que, além de estudar o repertório da área de interesse, o aluno se qualifica em Didática, Pedagogia e Metodologias de Ensino, entre outras áreas, para trabalhar como professor.

A Segurança da Informação não é uma área do Ensino Básico. Portanto, esse curso não existe no formato Licenciatura.

Os cursos tecnólogos são formações mais curtas, menos acadêmicas e mais focadas no ensino prático. Durante três a seis semestres, o aluno estuda diferentes setores de sua área de interesse, unindo teoria e prática em uma carga menor de disciplinas.

Como a tecnologia e a inovação são o foco do segmento, o tecnólogo em Segurança da Informação é o formato ideal para se qualificar e começar a trabalhar na análise de risco de sistemas e organizações.

É bom estudar Segurança da Informação?

Estudar Segurança da Informação é uma ótima opção para quem gosta de tecnologia, impacto socioeconômico e análise de risco. Por ser uma profissão em constante mudança, é preciso gostar de se atualizar com frequência.

Ainda que uma graduação não seja, necessariamente, obrigatória para se inserir no mercado de tecnologia, ela funciona como uma imersão em todos os aspectos essenciais do trabalho. Isso porque, para atender as exigências do setor, é preciso buscar uma variedade de cursos, certificações e programas de qualificação que demonstrem a aptidão profissional.

professor dando aula de informática para alunos em faculdade
A faculdade funciona como uma imersão em todos os aspectos da área

Já o tecnólogo, por outro lado, é uma junção da teoria e da prática da Segurança da Informação. Ou seja, realizar esse curso fornece ao aluno tudo que ele precisa para começar sua carreira. 

Além das competências técnicas necessárias, o aluno entra em contato com desafios do mercado com apoio de docentes, tendo espaço para praticar o conteúdo e as referências estabelecidas antes de iniciar sua carreira.

Ou seja, ao concluir a graduação, o profissional está apto para enfrentar as questões de segurança que afetam pessoas e organizações de diferentes setores.

A faculdade de Segurança da Informação é aprovada pelo MEC?

Sim, o Ministério da Educação faz avaliações constantes da proposta pedagógica e cumprimento da matriz curricular das IES que oferecem o curso de Segurança da Informação. Por meio do Enade e de comissões internas e externas, o órgão determina um conceito de qualidade para cada curso, que mostra a adequação às demandas educacionais e mercadológicas. 

Esse conceito do curso, uma média de 1 a 5 de todas as dimensões avaliadas, pode ser consultado na plataforma eMEC. Por lá, o aluno também pode analisar há quanto tempo o curso é oferecido, o número de vagas anuais, as modalidades oferecidas e se há quaisquer sanções em vigor ao curso.

Ou seja, antes de se inscrever em uma graduação, é essencial pesquisá-la no eMEC, para garantir a integridade e o cumprimento com todas as dimensões necessárias para uma formação de qualidade.

Como estudar Segurança da Informação?

Existe Segurança da Informação presencial?

Sim, algumas IES oferecem Segurança da Informação na modalidade presencial. Nesse caso, o aluno comparece ao polo educacional em dias e horários fixos. Pode ser uma ótima opção para alunos que preferem uma imersão completa no ambiente de estudos. Além disso, eles contam com acesso ilimitado à infraestrutura educacional, como laboratórios e bibliotecas.

A desvantagem dessa modalidade é que ela é restrita a pessoas que possam se deslocar à faculdade. Ou seja, alunos que moram fora de centros urbanos e/ou que trabalham em período integral não conseguem cumprir as exigências do curso.

Posso estudar Segurança da Informação semipresencial?

A modalidade semipresencial tem ganhado espaço nas faculdades e universidades brasileiras porque facilita o acesso aos recursos educacionais. Nessa modalidade, o aluno pode cursar a graduação em Segurança da Informação com atividades online e presenciais.

Normalmente, as disciplinas teóricas acontecem remotamente. O aluno acessa uma plataforma de aprendizagem digital, onde acontecem os encontros com docentes, leituras e discussões. Já para atividades práticas e avaliações, a IES agenda encontros periódicos em um de seus polos educacionais.

Como os encontros são menos frequentes, fica mais fácil para os alunos adequá-los a outras demandas pessoais e profissionais.

rapaz estudando online com laptop
O curso semipresencial facilita a rotina com outras atividades

Dá para fazer Segurança da Informação EAD?

Sim, o curso de Segurança da Informação pode ser feito totalmente à distância. Como é uma graduação altamente focada em tecnologia, todo o conteúdo pode ser visto e aplicado de forma remota, sem dificuldades.

Na plataforma de aprendizagem, além de aulas e contato com outros alunos, é possível realizar atividades interativas que fortalecem o ensino e funcionam como avaliação do rendimento. 

Essa modalidade de estudos facilita a rotina de pessoas que não podem se deslocar à IES por razão de distância ou tempo. 

Como dificuldade está principalmente o acesso aos recursos de tecnologia necessários: o aluno deve ter em casa equipamentos compatíveis, além de comprar licenças próprias de softwares, caso sejam usados em aula. É essencial ter esses custos em mente ao se matricular em um curso EAD.

Quanto tempo dura o curso de Segurança da Informação?

O curso de Segurança da Informação na modalidade tecnólogo tem duração de quatro a seis semestres, a depender da instituição de ensino escolhida. A carga horária determinada pelo Ministério da Educação é de 2100 horas-aula, que podem ocorrer em diferentes modalidades de ensino (EAD, presencial e semipresencial) e, de forma geral, o curso é de meio período, para contemplar a proposta pedagógica de um tecnólogo.

Grade curricular de Segurança da Informação

A grade curricular é composta de 30 disciplinas divididas em 5 semestres, buscando incluir tanto temáticas teóricas quanto práticas. A teoria serve como base para implementação dos conceitos-chave de segurança da informação. Já nos projetos integrados e de extensão, os alunos podem aplicar o que aprenderam e garantir a experiência necessária para atuar no segmento.

As disciplinas da matriz curricular são:

1º semestre

  • Arquitetura e Organização de Computadores
  • Projeto Integrado I
  • Sistemas Operacionais
  • Optativa I
  • Segurança de Sistemas Operacionais de Arquitetura Fechada

2º semestre

  • Projeto Integrado II
  • Algoritmos e Técnicas de Programação
  • Redes de Computadores
  • Lógica e Matemática Computacional
  • Optativa II

3º semestre

  • Computação Forense
  • Projeto Integrado III
  • Modelagem de Dados
  • Algoritmos e Estrutura de Dados
  • Sociedade Brasileira e Cidadania

4º semestre

  • Sistemas de Computação e de Informação
  • Auditoria de Sistemas
  • Criptografia
  • Segurança de Sistemas de Bancos de Dados
  • Segurança de Sistemas Operacionais de Arquitetura Aberta
  • Green IT
  • Projeto de Extensão I – Segurança da Informação

5º semestre

  • Segurança da Informação e de Redes
  • Gestão da Segurança da Informação
  • Segurança de Tecnologias WEB
  • Projeto de Extensão II – Segurança da Informação
  • Optativa III
  • Optativa IV

Optativas e extensão

As disciplinas optativas, no caso do tecnólogo em Segurança da Informação, são 4. Os alunos devem escolher aulas oferecidas em sua IES que estejam ligadas ao curso, mas não sejam parte da matriz obrigatória.

As disciplinas variam a cada IES, a depender de quais áreas estão disponíveis. Para alunos de Segurança da Informação, pode ser interessante buscar optativas na faculdade de Sistemas da Informação, por exemplo, já que os pontos de interesse são similares.

moça estudando com laptop
Pela similaridade, é possível fazer optativas de Sistemas da Informação

A extensão, por outro lado, é uma proposta educacional que visa levar o avanço sociocultural e científico das instituições de ensino para a comunidade. Nesse sentido, as IES abrem espaço para atividades de interesse coletivo, como eventos, workshops e empresas juniores, nas quais os alunos podem divulgar conteúdos de segurança da informação para o público leigo.

Atividades complementares

As atividades complementares no Ensino Superior são as atividades fora da IES das quais o aluno participa e ganha repertório relevante para sua formação. No curso de Segurança da Informação, é preciso cumprir pelo menos 100 horas de atividades complementares para se formar.

Para garantir as horas necessárias, o aluno pode participar de eventos e conferências, fazer cursos livres, assistir palestras de especialistas, entre outros. Ao participar de atividades de múltiplos segmentos, o aluno ganha, além das horas cumpridas, um currículo diferenciado, que valoriza seu perfil profissional a longo prazo.

Quais são as áreas da Segurança da Informação?

Apesar da área de Segurança da Informação ter ganhado espaço com os avanços da tecnologia, sua demanda é algo recorrente em todas as indústrias. Isso porque profissionais e gestores sempre estiveram atentos aos riscos de vazamento de informações sigilosas.

O que mudou ao longo do tempo não foi a busca por segurança, mas sim o risco e o custo da insegurança. William Hugh Murray, especialista e consultor em segurança da informação.

Porém, é inegável que a inserção de mais ferramentas digitais trouxe ainda mais demandas para analistas e gestores de risco na proteção de informações. E, claro, as consequências de sistemas com falhas de segurança se tornaram cada vez maiores, tanto do ponto de vista legal quanto econômico, com questões como privacidade, segredos industriais, pesquisa e desenvolvimento de produtos, bancos de dados empresariais, etc.

Sendo assim, as empresas buscam profissionais que atuam em diferentes etapas da segurança, desde a criação de políticas de proteção até análise de indicadores de risco.

Nesse sentido, portanto, o curso de Segurança da Informação é pensado para oferecer aos alunos uma formação completa, que aborda todas as fases e diretrizes e que os torne aptos para oferecer seus serviços em uma variedade de segmentos econômicos.

As principais áreas da Segurança da Informação são:

Segurança da Informação em Infraestrutura Organizacional e Serviços de TI

O curso de Segurança da Informação aborda os conceitos necessários para atuar na infraestrutura de redes de dispositivos. Aqui, o profissional atua nos cuidados contra tentativas de invasão, fraudes e negação de serviço em servidores, roteadores, switches, entre outros. 

Ou seja, fica responsável pela integridade dos pontos de entrada às redes internas e externas de organizações. Por exemplo, são os responsáveis por estabelecer redes intranet de empresas, garantir autorizações ou negação de acesso, criar hierarquia de servidores, entre outros pontos fundamentais para operações de empresas.

rapaz e moça analisando rede intranet em computador
É o profissional de Segurança da Informação que estabelece redes intranet

Todos os setores exigem esse profissional, mas alguns deles têm maior demanda. Um exemplo é a infraestrutura educacional. Hoje, cada vez mais instituições de ensino contam com ferramentas digitais personalizadas como bibliotecas, portais de avaliação e processos seletivos, aulas remotas, etc. Sendo assim, elas buscam plataformas seguras para criar um ecossistema acessível a seus alunos e contratam empresas especializadas em desenvolvimento de software, além de profissionais de manutenção e segurança. Isso porque essas plataformas envolvem pontos como direitos autorais, dados pessoais e acesso a diferentes recursos do ecossistema.

Outra atuação relevante de um profissional de Segurança da Informação em infraestrutura é a criação de sistemas de comunicação internos para empresas. Hoje, muitas organizações trabalham de forma digital, enviando e recebendo documentos através de servidores remotos. Assim, o analista de segurança da Informação fica responsável por definir um espaço seguro e monitorar a infraestrutura exigida, como na prevenção de acessos não autorizados a servidores e segurança dos dispositivos da empresa.

Desenvolvimento e Implantação das Políticas de Segurança da Informação

A gestão da segurança da informação envolve a construção da Política da Segurança da Informação (PSI), que guia as práticas de todos os envolvidos. Durante o curso, o aluno tem contato com conteúdos relacionados a auditoria de sistemas, governança da tecnologia da informação, sistemas de computação e de informação e gestão da segurança da informação. 

Com isso, pode atuar no gerenciamento da segurança da informação em organizações. Esse profissional pode ser contratado, por exemplo, por empresas de tecnologia que oferecem serviços B2B. 

O sistema bancário, por exemplo, contratam essas empresas para criar softwares e aplicativos que serão utilizados por colaboradores e clientes. Como são informações sensíveis, elas devem ter uma política de segurança efetiva. O analista fica responsável por criar um guia de práticas necessárias e regras para evitar riscos. Essa política é incluída no processo de onboarding ao software e pode ser adaptada para diferentes clientes. Assim, a empresa de tecnologia também minimiza as dificuldades de outras empresas e seus profissionais na prática segura do compartilhamento de informações. 

Auditoria de Sistemas 

Os mecanismos de defesa e proteção (sistemas, acesso e dados) de todas as organizações, sejam eles internos ou externos, devem passar por auditorias frequentes. No curso de Segurança da Informação, os alunos aprendem sobre as diferentes ferramentas e metodologias de monitoramento, como: segurança de sistemas operacionais de arquitetura aberta e fechada, computação forense, auditoria de sistemas e segurança de banco de dados. Com isso, estão aptos para atuar na área de auditoria de sistemas computacionais. Essa área é essencial para empresas de qualquer setor e envolve tanto profissionais internos quanto contratação de consultorias externas de cibersegurança.

homem e mulher analisando dados em computador e tablet
A auditoria pode envolver a contratação de consultorias externas

Um exemplo importante são os órgãos de saúde. Hospitais, clínicas, centros de pesquisa e outros locais coletam informações sobre diagnósticos e procedimentos que são usados posteriormente para pesquisa e desenvolvimento de tratamentos. Essas informações têm alto valor científico e social, já que impactam diretamente no acesso à saúde. Porém, envolvem dados pessoais e sensíveis, o que exige um cuidado ainda mais próximo com segurança dos sistemas. Nesse caso, as empresas podem realizar auditorias próprias, com uma equipe qualificada de segurança, para prevenir ameaças e realizar as manutenções necessárias conforme as novas tecnologias em uso. 

Além disso, é importante realizar auditorias externas. Consultores especializados fazem testes dos sistemas e políticas de segurança para avaliar potenciais brechas, pontos de melhorias e cumprimento da legislação vigente. Essa é uma área dinâmica para futuros analistas de Segurança da Informação, já que podem atuar em empresas, órgãos governamentais e terceiro setor.

Indicadores de Segurança da Informação

Com o desenvolvimento tecnológico e digitalização do trabalho e da rotina das pessoas, cada vez mais os dados se tornam um ponto relevante para as organizações. Esses dados são têm valor econômico e social. 

Assim, surge a área de indicadores e relatórios de segurança da informação, que tem como objetivo proteger a privacidade, a segurança e equilibrar tanto o interesse das organizações quanto o cumprimento das diretrizes e leis atuais. Além disso, essa área fornece a base de informações necessárias para a regulação futura do setor, analisando os efeitos práticos das falhas na segurança e seu impacto socioeconômico. 

Por meio de relatórios, análise de integridade de dados, indicadores das ferramentas de proteção e acompanhamento de incidentes, o analista de Segurança da Informação pode oferecer perspectivas necessárias para a tomada das decisões, tanto nas empresas quanto a nível governamental.

Essa área envolve também o trabalho nos órgãos reguladores, associações de classe e terceiro setor em geral. Por exemplo, um profissional da área pode realizar relatórios sobre vazamento de dados de uma empresa para fornecer as evidências necessárias em processos jurídicos. Já a Associação Brasileira de Empresas para Proteção de Dados é uma associação sem fins lucrativos que oferece capacitação e conhecimento do setor para profissionais de tecnologia e gestão.

Como é o mercado de Segurança da Informação?

O mercado de trabalho após a pandemia é uma grande preocupação para grande parte dos alunos que iniciam uma graduação. Porém, com a digitalização dos processos burocráticos e empresariais, além do crescimento do setor da tecnologia e surgimento de novas ferramentas, as demandas por segurança da informação estão cada vez maiores, refletindo em um crescimento do setor.

Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC), um quinto dos brasileiros já sofreu pelo menos uma tentativa de ataques digitais. 

mulher decepcionada com ataque hacker em computador
Um quinto dos brasileiros já sofreu, pelo menos, um ataque hacker

Além dos custos de segurança, essas tentativas podem prejudicar diferentes aspectos da vida pessoal e profissional das vítimas. Por exemplo, vazamentos de dados bancários podem acarretar em golpes financeiros, enquanto dados demográficos podem colocar pessoas vulneráveis em maior risco de violência. Outro ponto importante é a integridade física: ao sofrer divulgação de informações pessoais, uma vítima pode ter, por exemplo, seu endereço e documentos públicos, o que gera preocupações pessoais com segurança.

No âmbito profissional, a segurança de informação – ou falta dela – afeta tanto os colaboradores quanto as empresas em si. Para os colaboradores, dados de contato e logins afetam a habilidade de cumprir com os requisitos de seu trabalho, já que os dispositivos vulneráveis funcionam como porta de entrada para invasões. Já para as organizações, esse risco pode gerar prejuízos fiscais: dados sobre produção, orçamento e folha de pagamentos, por exemplo, são consideradas sigilosas e, em mãos erradas, podem interromper o fluxo de trabalho.

Ou seja, a preocupação com segurança da informação existe tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, nas interfaces de usuário e nos servidores. 

Nesse sentido, o mercado de segurança da informação precisa de profissionais qualificados, que saibam prevenir e gerenciar riscos para criar ambientes digitais mais seguros. Segundo a pesquisa Salary Guide 2024 da Robert Half, os analistas de segurança da informação estão em primeiro lugar nas demandas por projetos no setor de tecnologia e empresas como bancos, seguradoras e fintech lideram as contratações.

Qual o perfil do aluno de Segurança da Informação?

Um bom aluno para a graduação em Segurança da Informação é aquele que está sempre em busca de novos desafios. É uma profissão em crescente demanda, com um mercado pautado na inovação tecnológica.

Por isso, além de manter os estudos em dia em relação às disciplinas, é essencial acompanhar notícias e publicações sobre os temas vistos em sala de aula, como forma de preparo para a carreira.

Vale lembrar que a Segurança da Informação é uma área para perfis atentos e analíticos, que saibam aplicar o pensamento lógico e a capacidade de resolução de problemas em contextos empresariais. Além de dominar a técnica, o aluno deve desenvolver habilidades como resiliência e colaboração, já que um analista de Segurança da Informação atua em colaboração com diversos setores empresariais.

Quanto custa estudar Segurança da Informação?

A mensalidade de um curso na área varia de acordo com a IES, a modalidade ofertada e as condições especiais, como bolsas e parcerias educacionais. Por ser um curso de curta duração no qual o aluno se qualifica rapidamente para o mercado, ele tem um bom custo x benefício.

Na Unopar, por exemplo, o curso tecnólogo de Segurança da Informação na modalidade EAD custa R$99/mês. 

bloco de madeira com letras ead
É possível fazer o curso EAD na Unopar por R$99 ao mês

Existe bolsa de estudos para Segurança da Informação?

O aluno pode solicitar bolsa de estudos para o curso de Segurança da Informação, dependendo das oportunidades de cada IES. Na Unopar, a política de descontos e bolsas pode facilitar o início dos estudos para alunos de baixa renda. Na bolsa ENEM, por exemplo, o aluno utiliza seu desempenho na prova para garantir descontos de até 100%.

Posso tentar financiamento para estudar Segurança da Informação?

O financiamento também é uma opção importante para alunos que não podem arcar com todos os custos de uma graduação. É possível usar o FIES para entrar na universidade, por exemplo. O FIES é o programa de financiamento estudantil da Caixa Econômica Federal, que conta com taxas mais convidativas e condições de pagamento preparadas para alunos. Existem regras específicas para conseguir esse financiamento, como receber até 3 salários mínimos e média de desempenho igual ou superior a 450 pontos no ENEM.

Algumas instituições de ensino também oferecem financiamento próprio para garantir o acesso e permanência dos alunos. A Unopar, por exemplo, oferece o sistema Pague Fácil, que parcela as mensalidades iniciais do curso para se adequar ao orçamento dos alunos. Ou seja, nesse modelo, o começo da formação é menos impactante financeiramente.

Faculdade Pública ou Privada é melhor para Segurança da Informação?

É possível estudar Segurança da Informação tanto em instituições públicas quanto privadas, dependendo da preferência e disponibilidade de cada aluno. 

Os cursos nas universidades públicas, de forma geral, contam com maior concorrência, já que a gratuidade e o baixo número de vagas levam a processos seletivos mais complexos. Além disso, estão presentes em apenas alguns centros urbanos em que essas instituições estão localizadas, o que pode dificultar o acesso de alunos que precisam se deslocar e gastar com moradia. Por outro lado, as instituições públicas contam com ampla gama de cursos, o que permite que o aluno tenha um contato com diferentes perspectivas dentro e fora de sua área de estudos. Para pessoas que buscam um ensino com foco na produção científica, essa pode ser a opção ideal.

Por outro lado, vale a pena estudar Segurança da Informação em faculdades privadas se o objetivo do aluno é se inserir de forma rápida e efetiva no mercado de trabalho. Com cursos voltados à prática e às demandas do setor, as IES privadas também contam com infraestrutura atualizada e contato próximo com as mudanças no cenário da segurança da informação.

A entrada na graduação também é mais simples, com oferta de vagas em diferentes modalidades (EAD, presencial e semipresencial) e processos seletivos mais curtos e menos concorridos, utilizando, por exemplo, a nota do ENEM como classificação dos candidatos. 

A principal barreira das IES privadas é o custo das mensalidades, que variam de acordo com cada faculdade e condições de pagamento. Por isso, é importante analisar seu orçamento individual, as opções de parcerias e convênios disponíveis em cada IES de interesse e outros pontos que impactam a viabilidade do curso.

rapaz fazendo contas com calculadora
Antes de escolher a IES, é importante verificar o orçamento, bem como os convênios e parcerias

Como começar a estudar Segurança da Informação?

ENEM

Algumas instituições de ensino facilitam o ingresso do aluno utilizando a nota do ENEM. Ou seja, não é necessário realizar provas adicionais. Basta inserir seu desempenho na plataforma do processo seletivo e aguardar a classificação para saber se garantiu a vaga.

Essa opção pode tornar a entrada no curso superior mais simples: como o aluno já pretende participar da prova, ele pode aproveitar notas altas para começar o curso, tanto em IESs privadas quanto públicas, que aceitem esse relatório.

Sisu

Para começar os estudos em Segurança da Informação em uma universidade pública, é preciso se inscrever no Sisu. O Sisu é o processo seletivo unificado do sistema federal, que inclui IES de todo o Brasil.

Por ele, o aluno pode se candidatar a duas vagas de interesse, utilizando sua nota do ENEM. Após a finalização das inscrições, a plataforma classifica os inscritos de acordo com seu desempenho e preferências, distribuindo as vagas de cada curso. 

Caso o aluno não seja selecionado, pode se inscrever para a lista de espera do Sisu. Assim, quando as vagas são liberadas após a confirmação ou cancelamento de matrículas, elas são redirecionadas aos alunos que estão no aguardo.

Vestibular para Segurança da Informação

Também existe a opção de começar um tecnólogo em Segurança da Informação por meio de prova vestibular. Nesse caso, a IES cria uma prova própria com edital específico, que pode incluir tanto a matriz curricular do Ensino Médio quanto questões vinculadas à temática do curso, além de redação. 

As provas podem ser objetivas, subjetivas ou um misto. Em algumas IES, são feitas em uma só fase, enquanto outros cursos optaram por selecionar os alunos em duas etapas. Também pode incluir entrevistas e dinâmicas em grupo, caso a comissão de seleção julgue relevante.

Ou seja, cada instituição de ensino tem seu vestibular específico, Por isso, é essencial ficar atento aos editais e estudar conforme as diretrizes de cada prova.

O que preciso para me formar em Segurança da Informação?

Segurança da Informação tem estágio obrigatório?

O curso superior tecnólogo em Segurança da Informação não tem estágio obrigatório. Por ser uma modalidade mais curta e de menor carga horária, porém, muitos alunos optam por se inserir no mercado durante o curso. 

Com isso, podem ganhar experiência em organizações e descobrir, durante a permanência no cargo, quais são as áreas que mais estão alinhadas a seus interesses.

Outro ponto importante é que o curso engloba uma variedade de disciplinas práticas e oportunidade para atividades de extensão e projetos multidisciplinares. Nesse sentido, os alunos podem, durante o curso, testar seu conhecimento prático e contribuir para a produção científica e impacto da IES em sua comunidade.

E o Enade?

O Enade é fundamental para a avaliação periódica dos cursos superiores no Brasil. Realizado anualmente pelo Ministério da Educação, o Enade é uma prova que inclui as competências da matriz curricular proposta pela IES em acordo com órgãos regulatórios.

rapaz fazendo teste em sala de aula com outras pessoas
O Enade avalia os cursos superiores

Ou seja, todos os anos, concluintes de uma lista de cursos superiores são convocados a participar da prova para determinar se sua formação está alinhada com as expectativas educacionais do setor. Caso o curso de Segurança da Informação seja convocado, todos os alunos devem realizar a prova para garantir a conclusão do curso.

Tem TCC no curso de Segurança da Informação?

Não, o curso de Segurança da Informação tem caráter majoritariamente prático e focado na inserção no mercado de trabalho. Sendo assim, não há TCC.

Durante a graduação, porém, os alunos podem se aprofundar em estudos da área participando de laboratórios e atividades educacionais vinculadas a seus interesses. Essa pode ser uma porta de entrada para a continuidade dos estudos por meio de uma especialização após a graduação.

O curso de Segurança da Informação vale a pena?

Sim, a formação em Segurança da Informação permite ao aluno ser contratado por empresas de diferentes setores, trabalhando desde a implantação até a auditoria de protocolos de segurança escaláveis.

Salários de formados em Segurança da Informação

A remuneração de um analista de Segurança da Informação é bastante atrativa. A média salarial, segundo a plataforma salario.com.br, é R$8094 ao mês, variando conforme a expertise do profissional, tempo na área e setor da empresa contratante. Nas empresas de grande porte, o salário de um profissional sênior pode ultrapassar R$10.000.

Os principais setores das empresas que buscam profissionais de Segurança da Informação são consultoria em TI, desenvolvimento de software, suporte técnico, bancos e outros setores financeiros. No último ano, houve crescimento de 15% nas contratações do segmento.

Investimento e retorno de estudar Segurança da Informação

Com as remunerações em alta, além de possibilidade de crescimento na carreira em grandes empresas, muitos alunos buscam uma formação em Segurança da Informação. Essa é uma graduação com custo reduzido, com rápida qualificação.

Por isso, é uma opção relevante para futuros profissionais interessados em tecnologia que buscam uma carreira de alto rendimento, demanda e oportunidade de formação rápida.

Como se especializar na Segurança da Informação?

Além de concluir uma graduação em Segurança da Informação, o profissional pode se especializar para trabalhar em áreas que exigem um currículo mais preparado. Alguns alunos optam por continuar os estudos logo após a graduação. Outros preferem ter experiência no mercado para entender em quais setores querem se aprofundar.

Certificações do setor

O setor de Segurança da Informação conta com uma variedade de certificações específicas. Elas qualificam o profissional para atuar em diferentes segmentos e cargos, oferecendo comprovação do domínio de ferramentas e/ou diretrizes de trabalho.

rapaz escrevendo em caderno
As certificações qualificam para atuar em segmentos específicos da área

Um exemplo é a certificação CISSP (Certified Information Security Professional). Essa qualificação tem valor internacional, o que permite ao profissional atuar também em empresas globais. Oferecida pelo Consórcio Internacional de Certificação em Segurança de Sistemas da Informação (ISC2), essa certificação é voltada para profissionais com cinco anos ou mais de experiência. Ao ter as notas exigidas, o profissional demonstra domínio em todas as ferramentas e práticas necessárias para atuar como gestor de Segurança da Informação, Diretor de Cibersegurança e Consultor Especialista em Segurança de Sistemas da Informação, entre outros.

Para se preparar para as provas, o aluno pode fazer cursos livres online, ler apostilas e praticar de forma autônoma.

Pós-graduação e MBA

A pós-graduação é um modelo de estudos estruturado, voltado para alunos que buscam se aprofundar em uma área da Segurança da Informação e outros pontos importantes dos mercados de Gestão e Tecnologia.

Existem diferentes opções interessantes, tanto no modelo presencial quanto EAD, que podem agregar ao currículo. Um exemplo é a pós em Compliance e Gestão de Riscos, Computação Forense e Perícia Digital, Data Protection Officer ou Defesa Cibernética é uma oportunidade de estudar mais detalhes sobre pilares da segurança da informação e sua aplicabilidade nas empresas.   

Já um MBA é uma formação voltada para profissionais mais avançados em sua carreira, que buscam oportunidade de crescimento e maior responsabilidade nas empresas. O curso deve focar tanto em conhecimentos técnicos como em utilização em cargos de gestão e coordenação de equipes e recursos. Nesse sentido, um MBA em Gestão e Governança em Tecnologia da Informação, por exemplo, aborda tudo o que o profissional deve saber antes de atuar nessa posição de gestão. Outras opções interessantes de MBA para profissionais de Segurança da Informação são Cibersegurança e Gestão de Riscos, Cybersecurity e Cybercrimes e Gestão de Sistemas de Telecomunicações.

Veja também: conheça o curso de Sistemas de Informação!

Play video Play video

Por que escolher Segurança da Informação na Unopar?

A Unopar oferece toda a infraestrutura necessária para o aluno da graduação em Segurança da Informação otimizar o currículo e ganhar espaço nesse mercado de trabalho em crescimento.

Com aulas teóricas e práticas, o aluno conhece as ferramentas e metodologias necessárias para criar, monitorar e avaliar sistemas de informação, garantindo sua segurança e a proteção de dados.

Na Unopar, o aluno tem acesso a uma plataforma virtual de aprendizagem, biblioteca digital e contato com docentes especialistas para obter uma formação completa e ideal para os desafios contemporâneos.

O curso de Segurança da Informação combina com seu perfil? Se você se identificou com a carreira em tecnologia, tem perfil analítico e quer começar a estudar de forma prática, inscreva-se no processo seletivo da Unopar!

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar este post!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?

Quer receber mais conteúdos como esse gratuitamente?

Cadastre-se para receber os nossos conteúdos por e-mail.

Email registrado com sucesso
Opa! E-mail inválido, verifique se o e-mail está correto.
Oops! Invalid captcha, please check if the captcha is correct.
Artigos relacionados