Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a Administração é uma área que tem inúmeras vertentes. Isso porque existem diversos estilos, em que os profissionais do setor percebem problemas por mais de uma perspectiva.
Quem deseja se qualificar para o segmento deve fazer o curso de Bacharelado em Administração para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. A formação acadêmica é voltada para os aspectos humanos e generalistas, tendo disciplinas mais técnicas e específicas na graduação.
Acompanhe a seguir e conheça 6 tipos de Administração e o que faz um administrador em cada uma das vertentes!
Clássica
A Administração Clássica foi idealizada por Henri Fayol, que baseou sua abordagem na estrutura organizacional. Ele elaborou uma série de princípios essenciais que devem guiar o trabalho do administrador:
- divisão do trabalho;
- hierarquia;
- ordem;
- equidade;
- autoridade e responsabilidade;
- unidade de direção e de comando;
- disciplina;
- remuneração;
- interesses gerais;
- centralização;
- estabilidade dos funcionários;
- iniciativa;
- espírito de equipe.
Para Henri, a Administração e a organização são indispensáveis em qualquer tipo de empresa, independentemente do segmento do negócio. Não importa qual seja o grau de complexidade e tamanho, toda companhia deve contar com um conjunto de operações técnicas, comerciais, financeiras, de segurança e contabilidade.
No entanto, a abordagem clássica da Administração de empresas desconsidera os fatores externos e internos que podem prejudicar a rotina de atividades na organização. É preciso admitir que a teoria, por si só, não garante o sucesso de um negócio, muito menos a gestão adequada dos colaboradores.
Neoclássica
Já a Administração Neoclássica tem como foco as funções do administrador, que deve desenvolver planejamento, organização, direção e controle no ambiente de trabalho. Isso leva à necessidade de conhecer os aspectos técnicos e específicos de sua ocupação, e os fatores relacionados com o gerenciamento dos funcionários dentro das empresas.
A teoria Neoclássica surgiu justamente devido ao crescimento dos negócios, oferecendo uma visão ampla sobre os procedimentos, orçamentos, programas e normas que as organizações devem estabelecer para alcançar o sucesso. Na abordagem, a Administração ainda deve ocorrer em níveis estratégico, tático e operacional.
Com isso, o profissional deve possibilitar que a equipe ou grupo de trabalho alcance seus objetivos com o mínimo de recursos e de esforço. Conforme as necessidades internas e externas das empresas, o administrador neoclássico pode auxiliar os gestores a atingirem maior eficácia em relação às posições hierárquicas e eficiência na produção de bens e serviços.
Sistêmica
Outra forma de Administração é a sistêmica, que orienta as empresas por meio de planejamento, organização, direção e controle dos recursos para atingir os objetivos do negócio. Assim, o processo administrativo deve ser cíclico, dinâmico e interativo, e contar com a participação efetiva do gestor para que o empreendimento atinja, de fato, sucesso no mercado.
O administrador sistêmico, portanto, considera todas as variáveis que fazem parte da empresa e fornece os mecanismos necessários para a tomada de decisão dos líderes. Com isso, os gestores devem agir de maneira sistêmica e estar atentos ao todo, considerando que cada decisão e ação estratégica são importantes para o alcance dos objetivos.
Esse estilo de Administração se preocupa com o globalismo e com a totalidade, tendo como princípio o expansionismo, o pensamento sintético e a teleologia. A partir dessa abordagem, as empresas passam a ser vistas como entidades globais e funcionais com objetivos e finalidades que se relacionam com um sistema maior, oferecendo capacidade de crescimento, mudança e adaptação de acordo com a realidade do mercado.
Burocrática
Já a Administração Burocrática busca romper com o modelo patrimonialista, separando o pessoal do público. O objetivo é defender o interesse público do poder arbitrário, estabelecendo uma hierarquia funcional baseada em princípios de profissionalização e formalismo.
No geral, as operações formais são feitas por funcionários especializados, com competências fixas. O trabalhador burocrático, por exemplo, pode exercer um cargo de acordo com suas habilidades, comprovada por um processo de seleção, acabando com qualquer tipo de nepotismo ou com relações de apadrinhamento.
Max Weber foi um dos principais teóricos do modelo de Administração Burocrática, acreditando que a burocracia é um formato de organização por si só. Para ele, a autoridade burocrática, legal ou racional sempre é justificada pela justiça e pela meritocracia.
Relações humanas
Na Administração focada nas relações humanas, o administrador identifica os sentimentos e as atividades dos colaboradores, percebendo as pessoas de maneira social e não mais puramente econômica. A filosofia da abordagem mostra que elas têm comportamentos dinâmicos e complexos que devem ser estudados.
Com o passar do tempo, a teoria trouxe novos conceitos, mostrando que a análise das complexidades que envolvem os funcionários em uma empresa é um dos caminhos possíveis para atingir melhores resultados no negócio. Isso porque as pessoas acabam sendo mais consideradas em relação às suas demandas sociais e biológicas.
Diferentemente da Administração Clássica, a teoria das relações humanas enxerga a organização como um grupo de pessoas reunidas em um só objetivo. Isso oferece mais autonomia, confiança e abertura para os empregados se alinharem à missão, visão e cultura da companhia, o que influencia positivamente o clima organizacional e a saúde no ambiente de trabalho.
Contingencial
De todas as formas de Administração, a Contingencial tem como foco as organizações de dentro para fora. Isso faz com que o profissional considere o ambiente como fator fundamental para a melhora das oportunidades e também dos recursos.
De acordo com o conceito, a melhor forma de administrar uma empresa depende da situação atual, tanto interna quanto externa, pois tudo é relativo e está em constante transformação. O intuito da abordagem é adaptar o projeto da companhia às incertezas, cenários de crise e situação do mercado.
O ponto central da Administração Contingencial é projetar uma estrutura organizacional que consiga passar por situações de contingência de maneira eficiente. Assim, não deve existir apenas um projeto ideal, pois cada negócio enfrenta diferentes situações inesperadas, que resulta em diversos níveis de incertezas.
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